sábado, 30 de agosto de 2014

O Primeiro Dia da Semana

O "primeiro dia da semana" teve origem na criação (Gênesis 1:5), e o Novo Testamento cita-o oito vezes sem lhe atribuir qualquer característica especial; situação oposta em relação ao "sétimo dia da semana", que tem sido abençoado, santificado e denominado "dia do Senhor"(a). Avaliando o "primeiro dia da semana" dentro de cada contexto onde ele é mencionado, nota-se claramente que a Bíblia não lhe atribui benção, santidade e ordem de guarda; sua ocorrência nos textos escriturísticos se deve meramente por questão cronológica. Deste modo, inicialmente serão avaliados em conjunto cinco dos oito versos que fazem menção ao "primeiro dia da semana" por tratarem do mesmo acontecimento, a ressurreição de Jesus.

Sepultamento e ressurreição
  1. "No findar do sábado, ao entrar o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro." (Mateus 28:1 RA).
  2. "E, muito cedo, no primeiro dia da semana, ao despontar do Sol, foram ao túmulo." (Marcos 16:2 RA).
  3. "Havendo Ele ressuscitado de manhã cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiro a Maria Madalena [...]" (Marcos 16:9 RA).
  4. "Mas, no primeiro dia da semana, alta madrugada, foram elas ao túmulo, levando os aromas que haviam preparado." (Lucas 24:1 RA).
  5. "No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu que a pedra estava revolvida." (João 20:1 RA).

Estes cinco versos descrevem a ida das duas "Marias" ao sepulcro de Jesus e Sua ressurreição. Contudo, eles e seus respectivos contextos não apresentam nenhuma orientação sobre a guarda do "primeiro dia da semana", ou, algo sobre a revogação da observância do sábado. Ao contrário, a narrativa de Lucas destaca que Maria (mãe de Jesus) e Maria Madalena prepararam perfumes e especiarias aromáticas no sexto dia (sexta-feira), descansaram no sétimo dia (sábado) de acordo com o quarto mandamento e, no amanhecer do "primeiro dia da semana" (domingo) foram ao túmulo levando o que tinham preparado (Lucas 23:54-56).

O sábado citado em Lucas 23:56 foi o primeiro da nova aliança e, o destaque que se fez sobre a obediência das discípulas de Cristo ao quarto mandamento, prova inquestionavelmente que o sábado instituído no Éden (Gênesis 2:1-3Êxodo 20:8-11) não foi anulado na cruz do Calvário. Igualmente, este relato prova que as prerrogativas do sábado não foram transferidas para o domingo. Em momento algum é dito que o quarto mandamento foi alterado em decorrência da morte e ressurreição de Cristo, os quatro Evangelhos tão somente em suas narrativas confirmam a concretização da profecia referente a ressurreição do Messias ao terceiro dia após a Sua morte (Mateus 16:21).

Mateus e Marcos descreveram esses acontecimentos em 62 d.C. (31 anos após a ressurreição), Lucas e João narraram respectivamente em 64 d.C. (33 anos depois) e 97 d.C. (66 anos após a ressurreição). Esta observação sobre as datas em que os quatro Evangelhos foram escritos é de suma importância porque, décadas depois da ressurreição de Jesus, seus autores nada dizem sobre a alteração da observância sabática; nenhuma palavra de advertência ou repreensão é proferida sobre a santificação do sábado mencionada em Lucas 23:54-56. Se realmente alguma mudança tivesse ocorrido, tal coisa deveria constar nos registros dos Evangelhos, pois isso afetaria diretamente um dos mandamentos da lei de Deus, caracterizada por Jesus como eterna e imutável.1 Os próprios discípulos que eram judeus e praticaram a observância sabática ao longo de suas vidas certamente não deixariam de discorrer sobre esta importante questão se o sábado houvesse sido revogado. Adiante o sexto verso que faz referência ao "primeiro dia da semana".

Desconfiança, medo e zombaria
"Ao cair da tarde daquele dia, o primeiro da semana, trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco!" (João 20:19 RA).
Entre os cristãos permeia o falso ensino de que este verso descreveria uma reunião religiosa promovida pelos discípulos, e isso seria uma comprovação da observância do domingo; os mais empolgados afirmam ainda que na ocasião houve santa ceia. Entretanto, ao analisar João 20:19 em seu respectivo capítulo e, confrontá-lo com as informações de Lucas 24:36-43 (que trata do mesmo episódio), facilmente observa-se que não houve nenhuma reunião de caráter religioso e muito menos santa ceia pelos seguintes motivos:
  1. Os discípulos estavam numa casa de portas trancadas temendo os judeus que assassinaram a Jesus e, evitando a zombaria (cf. Lucas 23:35Atos 2:13).
  2. Após o forte impacto de ter perdido o Mestre, os discípulos não mantiveram a seguinte declaração: "[...] O Filho do homem será entregue nas mãos dos homens, e O matarão; mas, três dias depois da Sua morte, ressuscitará." (Marcos 9:31 RAJoão 2:19-22). E quando Jesus ressurgiu entre eles, se apavoraram. Em seguida foram repreendidos por causa da incredulidade que sustentaram.2 Tomé, um dos discípulos, mesmo após receber vários testemunhos sobre o ocorrido, continuou sem acreditar na ressurreição de Jesus (João 20:24-29). Seria realmente possível administrar um culto a Deus e até mesmo uma santa ceia nestas circunstâncias? (cf. João 14:6).
  3. Os discípulos estavam reunidos à mesa compartilhando uma refeição quando Jesus apareceu a eles. E, após acalmá-los do susto que tiveram (convencendo-os de Sua ressurreição), pediu algo para Se alimentar e trouxeram-Lhe peixe e mel (Lucas 24:42-43). Não houve nenhuma santa ceia à exemplo da ocorrida na véspera da crucificação.3
Jesus e Seus discípulos eram judeus e zelosos pelo quarto mandamento, a santificação do sábado sempre foi uma realidade em suas vidas(b) (Lucas 4:16Atos 16:13Atos 17:1-3). Ademais, os versos de João 20:19 e 26 indicam que Jesus teve duas excelentes oportunidades para anunciar algo sobre a transferência ou extinção da observância sabática, no entanto, nada foi dito a este respeito. É surpreendente que esta suposta mudança na lei, algo de imensurável importância (Mateus 5:17-19Mateus 19:16-19Lucas 16:17), não tenha sido esclarecida por Cristo. A seguir o sétimo verso que cita o "primeiro dia da semana".

Confraternização e despedida
"No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo, que devia seguir viagem no dia imediato, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite. Havia muitas lâmpadas no cenáculo onde estávamos reunidos." (Atos 20:7-8 RA).
capítulo 20 de Atos demonstra que Lucas descreveu as viagens evangelísticas de Paulo considerando a ordem cronológica em que elas ocorreram. Em uma delas, Paulo retornou à Trôade para encontrar os cristãos que o aguardavam (Atos 20:4-5), e permaneceu nesta cidade por sete dias (verso 6). E ao chegar o momento de deixá-la, eles reuniram-se novamente para compartilhar uma refeição ('partir o pão', verso 7). O relato informa, apenas por motivo cronológico, que essa reunião de despedida ocorreu no "primeiro dia da semana". Lucas não ensina, e tampouco deixa implícito, que o domingo fora destinado para reuniões de consagração à semelhança do sábado. Sobre Atos 20:7-8, o historiador August Neander e o teólogo Charles Ellicott (ambos observadores do domingo) afirmam respectivamente que:
"A passagem não é inteiramente convincente, porque a imediata partida do apóstolo pode ter reunido a pequena igreja numa fraternal refeição de despedida, em cuja ocasião o apóstolo pronunciou seu último sermão, embora neste caso, não houvesse nenhuma particular celebração no domingo."4
"Pode parecer estranho que alguns sustentem a opinião exposta na nota anterior, de que o apóstolo e seus companheiros assim se propusessem a viajar no dia que se transferiram todas as restrições do sábado judaico. No entanto, deve-se lembrar: 1.º) que não há nenhuma prova de que S. Paulo pensasse em tais dias como assim mudados, mas bem ao contrário (Gál. 4:10Col. 2:16); e 2.º) que o navio, no qual seus amigos obtiveram passagem, provavelmente não devia alterar seu dia de partida para satisfazer escrúpulos, mesmo que tais escrúpulos existissem."5
A reunião de Atos 20:7 não é caracterizada como uma santa ceia por ter havido o "partir do pão", pois esta prática era comum na época e consistia de uma reunião fraternal para compartilhar uma refeição. Isso é confirmando em Atos 2:42-47, onde se diz que todos os dias os cristãos se reuniam em suas residências e participavam solidariamente de refeições ("partir do pão"). O Rev. Clifford William Dugmore, adepto da observância dominical, a este respeito declara: "Não há menção de taça, nem mesmo de quaisquer orações ou cânticos; o discurso de Paulo não se segue à leitura da Escritura."6 Outros teólogos, também confirmam este posicionamento:
"[...] A antiga expressão 'partir o pão'[c] ressalta, por um lado, a parte mais importante (e, às vezes, única) de uma refeição para a classe inferior, especialmente para os pobres. Por outro lado, lembra o procedimento comum segundo o rito judaico de que, no início de cada refeição, ocorria uma eulogía, uma palavra de bênção (em hebraico: beracha), e o partir do pão."7
"[...] partiam o pão diariamente em casas particulares. Este 'partir do pão' servia a um fim duplo: era um elo de fraternidade e um meio de sustento para os necessitados."8
"[...] o partir do pão é simplesmente parte costumeira e necessária do preparo para se comer em companhia. Inicia-se o partilhar do prato principal na própria refeição. [...] O 'partir do pão' é a descrição de uma refeição comum em termos da ação inicial. Por isso a locução é empregada para a mesa comum quanto da participação dos membros da primitiva comunidade em cada dia em suas casas (Atos 2:42, 46), e também para as refeições comuns das comunidades cristãs gentílicas (Atos 20:7 cf. I Cor. 10:16)."9
A expressão "partir o pão" proveniente do grego "klao artos" (Atos 20:7) ou "klasis artos" (Lucas 24:35Atos 2:42) refere-se as refeições casuais patrocinadas pelos primeiros cristãos, ela não tem vínculo com a palavra grega "deipnon", que é utilizada para indicar refeições formais, como por exemplo: ceia festiva, jantar solene, banquete suntuoso (Mateus 23:6Lucas 14:12João 12:2) e, santa ceia (João 13:2).

O relato afirma ainda que, o prolongamento das exortações de Paulo conduziu o "discurso até à meia-noite" (Atos 20:7 cf. Atos 20:9). A palavra "discurso" neste trecho provém do verbo grego "dialegomai", que significa: "arguir", "debater", "conversar"; o que demonstra que Paulo promoveu na ocasião um diálogo (uma discussão de ideias) com os cristãos de Trôade, houve uma reunião com o intuito de fornecer instruções, de contestar perguntas e eliminar dúvidas doutrinárias. A narrativa deAtos 20:7-12 não apresenta uma reunião regular da igreja acompanhada de um sermão, tampouco seguida de santa ceia. Lucas ao dizer: "até à meia-noite", esclarece também que aquela reunião noturna de despedida (que iniciou após o pôr do Sol de sábado, Atos 20:8), proporcionou que as indagações e explanações continuassem por longo tempo (Atos 20:11), mesmo a viagem de Paulo estando programada para ocorrer na manhã daquele dia para mais uma de suas viagens evangelísticas. Adiante, o oitavo e último verso que faz referência ao "primeiro dia da semana" no Novo Testamento.

Auxílio aos necessitados
"No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for." (I Coríntios 16:2 RA).
Este verso é comumente utilizado às avessas para alegar que os donativos solicitados por Paulo foram coletados em reuniões da igreja a cada domingo. No entanto, tal argumento apresenta grosseiras falhas, visto que as coletas não eram realizadas em cultos dominicais, a primitiva igreja sequer reunia-se aos domingos para fins religiosos(d).

Os donativos foram separados e guardados individualmente pelos ofertantes em suas respectivas residências e, em seguida, recolhidos por Paulo que os encaminhou à Jerusalém (I Coríntios 16:3-4). As recomendações, "cada um de vós ponha de parte" ("hekastos humon para heautou tithemi") e "vá juntando" ("thesaurizo"), auxiliam a esclarecer este assunto ao apresentarem os seguintes detalhes: a locução "para heautou", que significa: "próximo de si"; "perto de si"; "reserve em seu poder" (equivalente a, "em sua casa"), orientava o ofertante a reservar "consigo" o seu donativo. E cada quantia separada pelo ofertante "juntava-se" (era adicionada, "thesaurizo") ao montante que ele mesmo estava formado e encontrava-se sob sua proteção, ou seja, houve uma acumulação gradativa baseada naquilo que era obtido durante a semana ("conforme a sua prosperidade"). Portanto, as próprias orientações em I Coríntios 16:2 desmentem a insinuação de que as doações eram entregues na igreja aos domingos.

Era costume daquela época, no início da semana (domingo), ocorrer o planejamento da despesa semanal (contabilidade doméstica). E Paulo recomendou aos cristãos que ao fazê-lo, não se esquecessem de separar a doação que fosse possível para os pobres em Jerusalém. E como demonstrado, essas doações foram guardadas por cada cristão em sua própria residência. Várias traduções bíblicas enfatizam essas coletas privativas utilizando a expressão "em casa"(e), enquanto outras optaram por não usa-la.

Assim, quando Paulo retornou à cidade de Corinto, os cristãos que se propuseram a ajudar entregaram-lhe os seus respectivos donativos e o toral foi encaminhado para os necessitados de Jerusalém (I Coríntios 16:3 cf. Atos 11:27-30Romanos 15:25-26). A ideia de reunião dominical é inteiramente desconhecida em I Coríntios capítulo 16, na realidade não existe em parte alguma do Novo Testamento a informação de que os primeiros cristãos cultuavam aos domingos. Referente a estas questões, a Encyclopaedia Biblica de Cheyne(f) and Black(g), no artigo "dia do Senhor", comenta:
"[...] A maior parte da igreja de Corinto consistia de pessoas pobres e desconhecidas (I Cor. 1:26 ss); possivelmente para muitos deles, o último ou o primeiro dia da semana era dia de pagamento; o primeiro dia, logo, foi o dia em que eles poderiam mais facilmente reservar à parte, alguma coisa. I Cor. 16, portanto, não nos fornece com alguma segurança, fatos sobre a observância do domingo nas igrejas paulinas."10 "Não devemos, porém, passar por alto o fato de que, a dádiva de cada um devia ser separada particularmente (par hauto), isto é, em seu próprio lar, e não em alguma assembleia de adoração."11
A obra "The Cambridge Bible For Schools and Colleges", publicada pela Cambridge University Press, apresenta o mesmo posicionamento sobre I Coríntios 16:2:
"Contudo, ainda que seja bastante evidente, a partir do consentimento universal dos cristãos que eles estavam acostumados a se reunirem para o culto no dia do Senhor, não podemos inferir isto a partir desta passagem. [...] 'cada um de vós ponha de parte', isto é, 'em casa' (Tyndale, apud seVulg.), não em uma reunião, como geralmente se supõe. [...] Ele [Paulo] fala de um costume em seu tempo, de se colocar uma pequena caixa ao lado da cama, e dentro da qual a oferta era sempre depositada depois de se fazer uma oração."12
As duas citações acima pertencem a autores e colaboradores que advogaram em favor do repouso dominical, não obstante, isso não os impediu de serem honestos com o verdadeiro relato de I Coríntios 16:2. E ainda nesta temática, tem-se o interessante testemunho do cônego católico Hugo Bressane de Araújo:13
- Mas a Bíblia manda observar o domingo em vez do sábado?
- Não.
- Quem mudou o dia do Senhor de sábado para o domingo?
- A igreja Católica[h].
- Mas os protestantes observam o descanso no domingo.
- Então neste ponto seguem a tradição Católica contra a qual sempre estão a clamar.
- Mas dizem os protestantes que S. Paulo manda guardar o domingo.
- Não. S. Paulo, na I Epístola aos Coríntioscap. XVI ordena que se faça uma coleta para os pobres no primeiro dia da semana; eis as palavras do Apóstolo, verso 2.º: "Ao primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte alguma coisa em casa, guardando assim o que bem lhe parecer, para que se não façam as coletas quando eu chegar." Porventura esta determinação do apóstolo acerca das esmolas para os pobres de Jerusalém anula o preceito sobre a observância do sábado? [...]
- Que dizer, pois, dos protestantes que não reconhecendo a tradição e o poder da igreja Católica, guardam o domingo em vez do sábado?
- Ou devem guardar o sábado, ou estão em contradição com a Bíblia.
E para finalizar, William Domville (outro observador do domingo) também contraria a alegação de que I Coríntios 16:2 refere-se a uma reunião religiosa da igreja primitiva no "primeiro dia da semana":
"[...] Estranho que um texto, que não diz nada a respeito de qualquer reunião em favor de qualquer propósito, esteja sendo conduzido para provar um costume de se reunir para fins religiosos! [...] Se é estranho inferir a partir dele um costume de se reunir, embora nenhuma reunião seja mencionada nele, parece ainda mais estranho, ainda mais inconsistente, inferir a partir dele [...] que uma orientação para reservar donativos em casa signifique que estes donativos deveriam ser entregues na igreja. [...]
A tradução em nossas Bíblias comuns é exatamente como o original: 'Cada um de vós ponha de parte em casa.' Uma tradução ainda mais literal da palavra original thesaurizon (acumulando), torna ainda mais perceptível que cada contribuinte deveria acumular por si mesmo, e não entregar o donativo de semana em semana a nenhuma outra pessoa."14

Vídeo relacionado: O Sétimo Dia - Estudo 04
a. Acesse: O dia do Senhor
c. Referências citadas pelos autores: Atos 2:42; Atos 20:7; Atos 20:11; I Coríntios 10:16 cf. Marcos 6:41; Marcos 8:5; Marcos 14:22.
e. Exemplos de traduções bíblicas que utilizam a expressão, "em casa", em I Coríntios 16:2: Revista e Atualizada (João Ferreira de Almeida, 1993); Reina Valera (1909); Sagradas Escrituras (versão espanhola, 1569); Biblia de Jerusalén (versão espanhola, 1976); A Biblia Sagrada (Pereira de Figueiredo, Lisboa: 1867); Darby Bible (John Nelson Darby, 1890); The Webster Bible (1833);La Bible de I'Épée (2010); La Sainte Bible (David Martin, 1744); Riveduta Bible (1927); Ostervald's Bible (Jean-Frédéric Osterwald, 1996); Dansk Bibel (1931); Svenskt Bibeln (1917); Det Norsk Bibelselskap (Sociedade Bíblica Norueguesa, 1930); Romanian Dumitru Cornilescu Bible (1928); Geneve Bible (1599).
f. Thomas Kelly Cheyne foi ordenado pelo Balliol College, e atuou como professor de interpretação da Sagrada Escritura na Oxford University.
g. John Sutherland Black foi autor e editor, escreveu artigos para a Dictionary of National Biography e Encyclopædia Britannica(1911).
1. Mateus 5:17-19; Lucas 16:17; Mateus 19:16-19 cf. Romanos 3:31, Romanos 6:14-15; Tiago 2:8-13 cf. Eclesiastes 12:13; Isaías 66:22-23.
2. Mateus 28:16-17; Marcos 16:11-14; Lucas 24:36-38; João 20:8-10.
3. Mateus 26:26-30; Marcos 14:22-26; Lucas 22:19-20; João 13:1-15.
4. NEANDER, A. (1831). The History of the Christian Religion and Church: During the Three First Centuries, vol. I, London: Printed by F. Rivington, p. 337 (footnote); (Johann August Wilhelm Neander foi teólogo e historiador alemão, especializado em história cristã).
5. ELLICOTT, C. J. (1895). A Bible Commentary for Bible Students, vol. VII, London: Marshall Brothers, p. 138. Quoted in: CHRISTIANINI, A. B. (1981). Subtilezas do Erro, 2.ª ed., São Paulo: CPB, p. 206; (Charles John Ellicott foi ministro anglicano, escritor e professor de teologia na Universidade de Cambridge).
6. Clifford William Dugmore, "Lord's Day and Easter". In: CULLMANN, O. (1962). Neotestamentica et Patristica in Honorem Sexagenarii, Leiden: E. Brill, p. 274.
7. STEGEMANN, E. W; STEGEMANN, W. (2004). História Social do Protocristianismo: Os primórdios no judaísmo e as comunidades de Cristo no mundo mediterrâneo, ed. Sinoidal, p. 250; (Ekkehard Wilhelm Stegemann, teólogo alemão, foi professor de teologia bíblica na Universität Bayreuth. Atualmente é professor do Novo Testamento na Universität Basel, Suíça. E seu irmão, Wolfgang Stegemann (doutor em teologia), foi assistente de teologia sistemática do Novo Testamento na Ruprecht-Karls Universität Heidelberg. Hoje atua como professor na Augustana Hochschule).
8. WALKER, W. (1925). História da Igreja de Cristo, Imprensa Metodista, p. 32. Quoted in: CHRISTIANINI, A. B. obcit., p. 207.
9. KITTEL, G.; BROMILEY, G. W. (1965). Theological Dictionary of the New Testament, vol. III, Michigan: Wm. B. Eerdmans Publishing Co., p. 728-729. Quoted in: BACCHIOCCHI, S. (1977). From Sabbath to Sunday: A Historical Investigation of the Rise of Sunday Observance in Early Christianity, Rome: Pontifical Gregorian University Press, p. 97.
10. CHEYNE, T. K.; BLACK, J. S. (1902). Encyclopaedia Biblica: A Critical Dictionary of the Literary, Political and Religious History, the Archeology, Geography and Natural History of the Bible, vol. III, Toronto: George N. Morang & Company Limited, col. 2813 ("Lord's day").
11. CHEYNE, T. K.; BLACK, J. S. Encyclopaedia Biblica, entry: "Lord's day". Quoted in: CHRISTIANINI, A. B. obcit., p. 214.
12. LIAS, J. J. (1878). The Cambrigde Bible for Schools: The First Epistle to the Corinthians, London: Cambridge University Press, p. 164; (Rev. John James Lias foi chanceler da Llandaff Cathedral e professor de história inglesa e literatura moderna; escreveu artigos para a Encyclopædia Britannica).
13. ARAUJO, H. B. (1931). Perguntas e Respostas, vol. I, p. 23-24; (editado da tipografia de: "Lar Catholico", capítulo "Sábado ou Domingo").
14. DOMVILLE, W. (1849). The Sabbath: An Examination of the Six Texts Commonly Adduced from the New Testament in Proof of a Christian Sabbath, London: Chapan and Hall, chap. III, p. 101-104.

sábado, 23 de agosto de 2014

Mandamento Omitido

Uma leitura simplista do diálogo entre Jesus e o jovem rico registrado nos Evangelhos,1 conduz a errônea e forçada conclusão de que o quarto mandamento foi extinguido. Embora Jesus não tenha citado este preceito na ocasião, isso não indica que ele foi anulado, pois apenas cinco dos Dez Mandamentos são mencionados:
- Mestre, que farei eu de bom, para alcançar a vida eterna?
- Por que Me perguntas acerca do que é bom? Bom só existe Um. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos.
- Quais?
Não matarásnão adulterarásnão furtarásnão dirás falso testemunhohonra a teu pai e a tua mãe e amarás o teu próximo como a ti mesmo. (Mateus 19:16-19 RA).
Os seguintes mandamentos também pertencentes ao Decálogo não foram citados por Cristo:
  1. "Não terás outros deuses diante de Mim." (Êxodo 20:3);
  2. "Não farás para ti imagem de escultura [...]. Não as adorarás, nem lhes darás culto [...]" (Êxodo 20:4-6 RA);
  3. "Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão [...]" (Êxodo 20:7 RA);
  4. "Lembra-te do dia de sábado, para o santificar [...]" (Êxodo 20:8-11 RA);
  5. "Não cobiçarás [...]" (Êxodo 20:17).
Estes cinco mandamentos devem ser considerados extinguidos porque Jesus não os citou? Certamente que todo aquele que professa seguir o exemplo de Cristo (João 15:10Lucas 4:16), repudiará a ideia de: ter "deuses"; fazer imagens e adorá-las; blasfemar o nome de Deus; e, cobiçar. Então, por que o mesmo zelo não deve ser aplicado ao "lembra-te do dia de sábado, para o santificar"? Por que o mandamento iniciado com um impreterível "lembra-te" é rejeitado?

Verifica-se ainda que Cristo ao declarar ao jovem o que deveria ser feito para herdar a vida eterna, Ele menciona apenas o princípio (fundamento) de "amar ao próximo", Ele não faz referência ao princípio de "amar a Deus" (cf. Mateus 22:37-40). Esta "omissão" pressupõe que não devemos amá-Lo? Deve-se negligenciar o amor para com Deus?

Ao longo de Seu ministério na Terra, Cristo jamais ensinou a extinção de qualquer mandamento do Decálogo(a); pelo contrário, em Suas palavras e atitudes todos os preceitos da lei de Deus foram obedecidos e enaltecidos (Isaías 42:21Isaías 53:9). Quando um dos escribas O questionou: "Mestre, qual é o grande mandamento na lei?"(b), Jesus respondeu:
"Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem[c] toda a lei e os profetas." (Mateus 22:34-40 RA).
Os escribas e fariseus conheciam estes ensinos (cf. Marcos 12:28-34). A verdadeira intenção desse questionamento era tentar obter alguma declaração que contrariasse as Escrituras. Jesus respondeu baseado em Deuteronômio 6:5 e Levítico 19:18 que dizem respectivamente: "Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força" e "amarás o teu próximo como a ti mesmo". Estes dois mandamentos, "amar a Deus" e "amar ao próximo", são na verdade princípios bases (fundamentos) que dão valor e motivam a obediência à lei de Deus (Decálogo). E esta lei, por sua vez, é a base da lei de Moisés(d). Os rabinos ao receberem a resposta de Jesus, finalmente entenderam que Ele conhecia a lei em sua totalidade, desde os seus princípios básicos até o menor e mais simples mandamento. Assim, desistiram de questioná-Lo sobre temáticas que envolviam a lei (Marcos 12:34).

O amor a Deus está sintetizado nos quatro primeiros mandamentos do Decálogo e o amor ao próximo se resume na obediência aos seis últimos. Paulo também repassou este ensino em seu ministério: "[...] 'Não adulterarás', 'não matarás', 'não furtarás', 'não cobiçarás', e qualquer outro mandamento, todos se resumem neste preceito: 'Ame o seu próximo como a si mesmo'. O amor não pratica o mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento da lei." (Romanos 13:8-10 NVI). O apóstolo João enfatiza está questão declarando que o mandamento (princípio) que instrui amar ao próximo não é novo(e): "E agora eu lhe peço, senhora - não como se estivesse escrevendo um mandamento novo, mas o que já tínhamos desde o princípio - que amemos uns aos outros." (II João 1:5 NVI cf. Levítico 19:18).

O jovem rico pensara que amava a Deus até que Jesus lhe revelou seu ídolo e demonstrou-lhe que estava fazendo de suas posses um deus. Ele viera a Cristo para perguntar: 'O que me falta?' A resposta foi: 'Vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro nos Céus; depois, vem e segue-Me.' (Lucas 18:22 KJV).2

Cristo queria que o jovem compreendesse que nada mais exigia dele senão que seguisse o exemplo que Ele mesmo, o Senhor do Céu, deixara. Abandonara Suas riquezas na glória, e Se tornara pobre, para que, pela Sua pobreza, o homem enriquecesse; e por amor dessas riquezas, pede ao homem que abandone as riquezas terrenas, a honra e o prazer. Ele sabe que enquanto as afeições estiverem voltadas para o mundo, serão desviados de Deus; portanto, disse ao jovem: 'Vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no Céu; e vem e segue-Me' (Mateus 19:21 KJV).

Como recebeu ele as palavras de Cristo? Regozijou-se por poder alcançar o tesouro celeste? Oh, não! 'Retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades' (Mateus 19:22 KJV). Para ele as riquezas significavam honra e poder; e o grande vulto do seu tesouro faz com que tal venda pareça quase impossível. Esse homem amante do mundo desejava o Céu, mas queria reter sua riqueza, e renunciou a vida imortal pelo amor ao dinheiro e ao poder. Oh, que infeliz troca! No entanto, muitos dos que professam estar guardando todos os mandamentos de Deus estão fazendo a mesma coisa.3

A capacidade do jovem de adquirir propriedade não conspirava contra ele, contanto que amasse ao próximo como a si mesmo, e a ninguém tivesse prejudicado na aquisição de suas riquezas. Houvesse essa mesma capacidade sido empregada no serviço de Deus, em procurar salvar almas da ruína, teria sido aceitável ao Divino Mestre, ele poderia ter se tornado obreiro diligente e de êxito para Cristo. Mas recusou o elevado privilégio de cooperar com Cristo na salvação de almas; afastou-se do glorioso tesouro que lhe foi prometido no reino de Deus, e se apegou aos tesouros transitórios da Terra.

Representa o jovem príncipe uma grande classe de pessoas que seriam excelentes cristãos se para elas não houvesse uma cruz a erguer, um fardo humilhante a carregar, nenhuma vantagem terrena a renunciar, e nenhum sacrifício de propriedade ou sentimentos a fazer."4


Vídeo relacionado: O Quarto Mandamento
b. Esta pergunta não se restringe apenas à lei de Deus (Dez Mandamentos), ela envolve também os preceitos contidos na lei de Moisés.
c. Categoricamente é dito que a lei "depende" e não que foi "substituída".
e. A crença de que o preceito, "amarás o teu próximo como a ti mesmo", originou-se com o Novo Testamento, ocorre pelo desconhecimento de Levítico 19:18, e pela interpretação equivocada das seguintes palavras de Jesus: "Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como Eu vos amei [...]" (João 13:34 RA). Jesus não afirmou que este preceito era "novo" no sentido de "inédito" ou "recém estabelecido", mas, que era novo para aqueles que o ouviram na ocasião, pois eles desconheciam o mandamento anunciado. No idioma grego, a palavra "novo", pode ser escrita de duas formas: "neos" (quando algo é novo no sentido de: tempo recente; jovem; recém originado; que surgiu a pouco tempo), e "kainos" (quando algo é novo no sentido de: antes desconhecido; incomum; anteriormente ignorado; recém revelado). E João 13:34 utiliza a palavra "kainos", identificando que o mandamento já existia, porém, era desconhecido para os ouvintes de Jesus. Outros exemplos que utilizam o adjetivo "kainos": "Todos se admiraram, a ponto de perguntarem entre si: 'Que vem a ser isto? Uma nova [kainos] doutrina!' [...]" (Marcos 1:27 RA); "Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em Meu nome, expelirão demônios; falarão novas [kainos] línguas." (Marcos 16:17 RA).
1. Mateus 19:16-22; Marcos 10:17-22; Lucas 18:18-23.
2. Ellen Gould White, Carta 90 (1895). In: Olhando para o Alto, São Paulo: CPB, p. 23; (Meditações Matinais, 1983).
3. WHITE, E. G. Conselhos Sobre Mordomia, São Paulo: CPB, sec. IX, cap. 42, p. 211.
4. Ellen Gould White, Review and Herald, (march, 21 of 1878).

sábado, 16 de agosto de 2014

Adão, Abraão e o Sábado

"Se desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no Meu santo dia; se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs, então, te deleitarás no Senhor. Eu te farei cavalgar sobre os altos da terra e te sustentarei com a herança de Jacó, teu pai, porque a boca do Senhor o disse." (Isaías 58:13-14 RA).

No Éden, Deus estabeleceu o memorial de Sua obra da criação, depondo a Sua bênção sobre o sétimo dia. O sábado foi confiado a Adão, pai e representante de toda a família humana. Sua observância deveria ser um ato de grato reconhecimento, por parte de todos os que morassem sobre a Terra, de que Deus era seu Criador e legítimo Soberano; de que eles eram a obra de Suas mãos e súditos de Sua autoridade. Assim, a instituição era inteiramente comemorativa e foi dada a toda a humanidade. Nada havia de prefigurativo ou de aplicação restrita a qualquer povo.1

O sábado não se destina meramente a Israel, mas ao mundo. Fora tornado conhecido ao homem no Éden, e, como os demais preceitos do Decálogo, é de imutável obrigatoriedade(a). A lei, na qual o quarto mandamento é uma parte, declara Cristo: "Até que o céu e a Terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido." (Mateus 5:18 KJV cf. Lucas 16:17). Enquanto céus e Terra durarem, continuará o sábado como sinal do poder do Criador. E quando o Éden florescer novamente na Terra, o santo e divino dia de repouso será honrado por todos debaixo do Sol. "Desde um sábado até ao outro", os habitantes da glorificada Nova Terra irão "adorar perante Mim, diz o Senhor." (Isaías 66:22-23 KJV).2

O primeiro sábado entre Criador e criatura
Após concluir a criação no sexto dia (Gênesis 1:31Gênesis 2:1 cf. Êxodo 20:11), Deus conduziu Adão durante o sétimo dia para que contemplasse as Suas obras, e o encarregou de cuidar da vasta criação, especialmente do jardim do Éden (Gênesis 2:15-19). Adão recebeu também a instrução de que teria seis dias na semana (do primeiro ao sexto, de acordo com a ordem cronológica estabelecida em Gênesis capítulo 1) para realizar as suas atividades; mas, a cada sétimo dia, ele cessaria seus afazeres e reservaria este tempo exclusivamente para consagrá-lo ao Criador. Os motivos para este procedimento foram igualmente transmitidos (Gênesis 2:2-3).

Entretanto, o pecado arruinou a perfeição original (Gênesis capítulo 3), e Deus através de Sua onisciência sabia que, gradativamente, as futuras gerações do homem se envolveriam de forma mais acentuada com o pecado e renegariam os Seus propósitos para satisfazer a ambição e o egoísmo; que a instituição do sábado não seria poupada nesse percurso pecaminoso e destrutivo(b) (cf. Gênesis 6:5-7Ezequiel 22:7-8 e 26Romanos 1:18-32).

Com o intuito de combater a negligência e ataques que o Seu santo dia receberia ao longo dos tempos, Deus redigiu o quarto mandamento com um imperativo: "Lembra-te do dia de sábado, para o santificar", seguido da justificativa: "Porque, em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou." (Êxodo 20:8-11 RA cf. Gênesis 2:1-3Hebreus 4:4). A humanidade jamais deveria esquecer que, por intermédio de Deus tudo foi criado e a Ele, unicamente, deve ser direcionadas a adoração e obediência (Eclesiastes 12:13I Timóteo 1:17). "Tivesse sido o sábado universalmente guardado, os pensamentos e afeições dos homens teriam sido dirigidos ao Criador como objeto de reverência e culto, jamais teria havido idólatra, ateu, ou incrédulo."3 Portanto, estes são os principais "motivos" que conduzem Satanás a atacar o quarto mandamento mais ferozmente: adoração exclusiva a Deus e obediência integral aos Seus desígnios (Isaías 14:13-14Ezequiel 28:13-15Apocalipse 12:17). O próprio Deus, a respeito desta questão adverte:
"Assim diz o Senhor: 'Mantende o juízo e fazei justiça, porque a Minha salvação está prestes a vir, e a Minha justiça, prestes a manifestar-se. Bem-aventurado o homem que faz isto, e o filho do homem que nisto se firma, que se guarda de profanar o sábado e guarda a sua mão de cometer algum mal'." (Isaías 56:1-2 RA cf. Isaías 58:13-14).
Esta mesma mensagem de advertência sobre a justiça e soberania de Deus, e Seu inalienável direito de receber adoração (defendido pelo sábado), está registrada em Apocalipse 14:7: "(...) Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo; e adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas."(c). Compare atentamente as semelhanças entre Êxodo 20:11 e Apocalipse 14:7.

Ignorando estas revelações bíblicas e inquietos para se desvencilhar da observância sabática, os impetuosos violadores do quarto mandamento acusam até mesmo a Jesus de ser transgressor do sábado(d). E esta mesma incriminação é feita contra Adão e Abraão, porém, com a alegação adicional de que ambos nunca souberam da origem e propósito do sábado. Todavia, os denunciantes de Jesus e dos patriarcas nunca apresentaram nas Escrituras algo que sustente suas falsas condenações.

Jesus ao rebater as acusações farisaicas contra Seus discípulos a respeito da observância sabática, declarou: "O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado." (Marcos 2:27 RA). Esta declaração foi motivada, entre outros motivos, porquê os fariseus consideravam o sábado mais importante do que o ser humano. Jesus refutou este engano ensinando que Deus tinha o homem como mais precioso, e que concedeu o sábado para o seu benefício. A palavra "homem" usada em Marcos 2:27 é traduzida do substantivo grego "anthropos", que por sua vez refere-se a homens, mulheres e crianças, ou seja, abrange qualquer ser humano. Neste ponto a acusação feita contra Adão é novamente anulada pois, sendo ele progenitor da raça "anthropos" (humana), o sábado, obviamente, também foi lhe designado. As palavras de Cristo são claríssimas: "o sábado foi feito para o homem", e não especificamente para o judeu (cf. Isaías 56:1-7).

Quanto a Abraão, Deus o defende com as seguintes palavras: "(...) Abraão obedeceu à Minha palavra e guardou os Meus mandados, os Meus preceitos, os Meus estatutos e as Minhas leis." (Gênesis 26:5 RA). Não havendo como ignorar esta declaração a favor deste patriarca, os seus acusadores elaboram desastrosas e capciosas interpretações alegando que: Deus estava valendo-Se de linguagem figurativa quanto à sua obediência; as palavras "mandado", "preceito", "estatutos" e "leis" são sinônimos; e que o sábado não estava incluído nas orientações divinas entregues a ele. Estas investidas além de serem inúteis e ofensivas contra Deus e seu seguidor, revelam completo desconhecimento linguístico pois em Gêneses 26:5 tem-se a palavra:
Mandado(e), traduzida do substantivo hebraico "mishmereth", que significa: ofício; serviço; função; obrigação.
Preceito(f), proveniente do substantivo hebraico "mitsvah", que significa: mandamento (coletivamente formam uma lei).
Estatuto(g), procedente do substantivo hebraico "chuqqah", que significa: decreto, resolução, conjunto de regulamentos; conjunto de ordenanças.
Lei(h), originada do substantivo hebraico "Towrah", que significa: instrução; orientação; lei deuteronômica ou lei mosaica; leis específicas, por exemplo: lei de oferta queimada; códigos específicos, por exemplo, o Decálogo. A "Towrah" por extensão de sentido abrange os ensinos proféticos.
Estas informações esclarecem (para o desespero dos oponentes) que: Abraão exerceu os mandados (ofícios, funções -mishmereth) que eram norteados pelos estatutos (regulamentos, resoluções - chuqqah). Ele obedeceu também as leis (conjunto de regras - Towrah) formadas pelos preceitos (mandamentos - mitsvah). Essas leis determinaram, por exemplo, as normas cerimoniais (como a construção de altar e ofertas de sacrifício) e, conduziram-lhe aos princípios e regras morais, como por exemplo, àqueles presentes no Decálogo.

Towrah foi posteriormente proclamada em sua forma escrita no monte Sinai(i), sendo o Decálogo entregue em duas tábuas de pedra, e os demais códigos (leis) repassados para o livro de Moisés(j), alguns após serem atualizados e ampliados para atender a realidade do povo de Israel. E este povo, descendente de Abraão, tivera conhecimento das leis transmitidas por esse patriarca antes de chegarem ao monte Sinai (Gênesis 18:19Gênesis 26:4-5); Deus inclusive realizou um teste quanto a sua lealdade através do quarto mandamento (Êxodo capítulo 16). Assim, surge a inevitável pergunta: Em meio a todas as leis e estatutos divinos, por que unicamente o mandamento do sábado estaria ausente para Abraão?

Considerações Finais
Muitos nunca obtiveram essas informações bíblicas por desinteresse e, ingenuamente, permanecem acreditando nas difamações atribuídas a Adão e Abraão quanto a observância sabática. Outros, embora cientes desses esclarecimentos escriturísticos continuam mantendo aversão pelo quarto mandamento, e até mesmo por todo o Decálogo enquanto professam seguir a Cristo (João 15:10Lucas 4:16Êxodo 20:8); tais indivíduos nutrem um orgulho semelhante àquele que conduziu Satanás a ruína.

Somente especulações maléficas, idealizadas para tentar anular a exigência da lei de Deus, promoveriam a degradante atitude de acusar a Cristo e os patriarcas de violadores do sábado. Os insubordinados que sustentam esta difamação não percebem que estão a transgredir toda a lei pela negligência sabática e por falso testemunho (Tiago 2:8-12 cf. Lucas 16:17). E certamente que, Satanás, valendo-se dos últimos momentos que lhe resta, atuará com os seus súditos de forma voraz para denegrir e perseguir aqueles que buscam obedecer "aos mandamentos de Deus e se mantêm fiéis ao testemunho de Jesus." (Apocalipse 12:17 NVI cf.Apocalipse 14:12).


e-h. STRONG, J. (2002). Nueva Concordancia Strong Exhaustiva. Publisher: Thomas Nelson; (ref.: 04931; 04687; 02708 e 08451). GENESIUS, W. (1950). Hebrew and Chaldee Lexicon to the Old Testament Scripture, London: Samuel Bagster & Sons, p. 518b.
i. Paulo menciona esta questão ao dizer: "a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois" (Gálatas 3:17 NVI). A lei (Towrah) antes de ser entregue na sua forma escrita por Moisés, foi inicialmente repassada oralmente por Abraão. E esta maneira de transmitir a lei durou 430 anos, apesar das adversidades.
1. WHITE, E. G. Patriarcas e Profetas, São Paulo: CPB, sec. I, cap. 2, p. 48.
2. WHITE, E. G. Desejado de Todas as Nações, O; São Paulo: CPB, sec. IV, cap. 29, p. 283.
3. WHITE, E. G. Grande Conflito, O; São Paulo: CPB, sec. III, cap. 25, p. 438.


sábado, 9 de agosto de 2014

O Maior Santificador do Sábado - III

O posicionamento bíblico de que Jesus jamais agiu contra o sábado(a), é aceito e defendido por várias igrejas cristãs. E logo abaixo, estão listadas algumas delas com os seus respectivos ensinos:


Igreja Anglicana
"Esta é a primeira declaração pública[b] de hostilidade a Cristo; e está apoiada na suposta violação da letra da lei relacionada com o sábado, assim como nos outros Evangelhos, Mat. 12.2 ss. e paralelos. O milagre registrado descreve exatamente à inimizade estabelecida pelos judeus, mas a frase 'porque Ele fazia', ou melhor, 'costumava fazer, tinha o hábito de fazer, essas coisas' (atos de misericórdia que acarretaram em crimes contra às interpretações tradicionais da lei) no sábado, demonstra que o sentimento não foi devido a um ato isolado, mas por um óbvio princípio de comportamento.
[...] As obras de Cristo não violam a lei, ao passo que elas conduzem à verdade a qual tendiam (cf. Mat. 12.1 ss. e paralelos). Pelo 'trabalho' do Pai, devemos entender de imediato a manutenção da importante criação e a redenção e restauração de todas as coisas, na qual o Filho cooperou com Ele (Heb. 1.3Ef. 1.9 f.). [...] O trabalho de Cristo que havia provocado a hostilidade dos judeus foi, apesar de pouco compreendido por eles, realmente idêntico ao trabalho de Deus que não conhece interrupção."1

Igreja Assembleia de Deus
"[...] Jesus não demonstrou qualquer conivência com a desobediência aos mandamentos de Deus; apenas enfatizou o discernimento e a compaixão na aplicação das leis. Os Dez Mandamentos exigiam que o sábado sempre fosse um dia santificado ao Senhor (Êx. 20.8-11). Mas os fariseus, de acordo com sua interpretação da lei, criaram uma longa lista de atividades que não poderiam ser praticadas nesse dia, e as pessoas foram forçadas a 'descansar'. Eles se prenderam à letra da lei.
Jesus sempre enfatizou o significado e a finalidade dos mandamentos. Mas os fariseus haviam perdido o verdadeiro sentido da lei de Deus e estavam, com todo o rigor, exigindo que ela fosse cumprida de acordo com a interpretação que eles julgavam ser correta. A verdadeira finalidade do sábado era proporcionar às pessoas tempo para descansar e adorar a Deus, por isso os sacerdotes tinham permissão de oferecer sacrifícios e conduzir os cultos de adoração, porque seu trabalho no sábado tinha a finalidade de servir e adorar a Deus."2

Igreja Batista
"Durante o período entre os dois Testamentos, entretanto, foi surgindo gradualmente uma alteração no que diz respeito à compreensão acerca do propósito do sábado. Nas sinagogas a lei era estudada no sábado. Paulatinamente a tradição oral foi se desenvolvendo entre os judeus, e a atenção passou a focalizar-se na observância de minúcias. Dois tratados da MishnahShabbath e 'Erubin, são devotados à consideração de como o sábado devia ser detalhadamente observado. Foi contra essa sobrecarga aos mandamentos de Deus, pelas tradições humanas, que nosso Senhor se insurgiu. Suas observações não eram dirigidas contra a instituição do sábado como tal, nem contra o ensinamento do AT [Antigo Testamento]. Mas Ele se opunha aos fariseus, que deixavam a palavra de Deus sem efeito por causa de suas pesadíssimas tradições orais. Cristo identificou-Se como Senhor do sábado (Mc 2.28). Ao assim falar, Ele não estava depreciando a importância e a significação do sábado, nem de forma alguma estava em contravenção contra a legislação do AT. Ele estava simplesmente apontando para a verdadeira significação do sábado no que diz respeito ao homem, e indicava o Seu direito de falar, visto que Ele mesmo era o Senhor do sábado.
Embora fosse Senhor do sábado, Jesus Cristo frequentava a sinagoga no dia de sábado, conforme era de Seu costume (Lc 4.16). Sua observância estava de conformidade com a prescrição do AT no referente ao dia como santo ao Senhor. Em Seu conflito com os fariseus (Mt 12.1-14Mc 2.23-28Lc 6.1-11) nosso Senhor salientou perante os judeus o fato que eles mal entendiam completamente os mandamentos do AT. Buscavam tornar a observância do sábado mais rigorosa do que Deus havia ordenado. Não era errado comer no sábado, ainda que o alimento tivesse de ser obtido ao debulhar o grão da espiga nas mãos. Semelhantemente, não era errado fazer o bem no dia de sábado. As curas eram uma obra de misericórdia, e o Senhor do sábado é misericordioso (cf. tb. Jo 5.1-18Lc 13.10-1714.1-6).3

Igreja Católica
"Proporcionando, com autoridade divina, a interpretação definitiva da Lei, Jesus colocou-Se numa situação de confronto com certos doutores da Lei, que não aceitavam a Sua interpretação, muito embora garantida pelos sinais divinos que a acompanhavam. Isto vale sobretudo para a questão do sábado: Jesus lembra, e muitas vezes com argumentos rabínicos, que o repouso sabático não é violado pelo serviço de Deus ou do próximo que as Suas curas realizam."4

"Sob a influência da rigorosidade farisaica, um sistema de regulamentos minucioso e opressor foi elaborado, enquanto que o maior propósito do sábado foi perdido de vista. A Mishna Treatise Shabbath enumera trinta e nove fundamentos básicos sobre ações proibidas, cada um com subdivisões. [...] Cristo, ao observar o sábado, pôs-Se em palavras e atitudes contra essa rigorosidade absurda que tornou o homem um escravo do dia. Ele reprovou os escribas e fariseus por colocarem um fardo insuportável sobre os ombros dos homens (Mateus 23.4), e proclamou o princípio de que "o sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado" (Marcos 2.27). Ele curou no sábado, e defendeu Seus discípulos por colher espigas de cereal nesse dia. Em Seus argumentos com os fariseus sobre estas questões, Ele demonstrou que o sábado não é violado em casos de necessidade ou por atos de caridade (Mateus 12.3 ssMarcos 2.25 ssLucas 6.3 ss14.5)."5

Igreja Congregacional
"Somos ensinados por Cristo, que a pratica de caridade e a demonstração de misericórdia são atividades apropriadas para o dia de sábado. Quando os fariseus acharam falha em Cristo por tolerar os Seus discípulos a colher e comer as espigas de cereal no sábado, Cristo os repreendeu com esta declaração: "Terei misericórdia e não sacrifício" (Mateus 12:7). Cristo ensina que as obras de misericórdia são adequadas para serem realizadas no sábado (Lucas 13.15,16 e 14.5)."6

Igreja Luterana
"[...] Deus nunca está ocioso, segundo nosso modo de dizer, Ele nem poderia estar; pois cessando um momento de preservar o mundo que criou, imediatamente ele [o mundo] precipitaria em sua original inexistência. Por isso Jesus citou, João 5:17, quando os judeus O acusaram de violar o sábado: 'Meu Pai trabalha até agora' (constantemente, mesmo em dia de sábado) 'e Eu trabalho' (mas somente pelo bem-estar). [...] o homem foi feito à imagem de Deus, e o sábado foi santificado e abençoado no estado de inocência[c]; isso pode nos ensinar que não é uma questão de indiferença, se vamos ou não abster-nos por um tempo de nossos trabalhos regulares e descansar como Deus, com Deus e em Deus.
Portanto, a estes mandamentos: não terás outro deus diante de Mim - não tomarás o nome de Deus em vão - honra teu pai e mãe - não matarás - não cometerás adultério, e etc., Deus uniu com igual autoridade, também, este mandamento: Lembre-se do dia de sábado para santificá-lo. Por sua vez, é verdade o que Jesus disse de todos os mandamentos e, consequentemente, também da santificação do sábado, que o amor a Deus e ao nosso próximo é o cumprimento da lei (Mat. 22:40Rom. 13:10); igualmente, o que disse em Marcos 2:27: 'O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado', e novamente em Mateus 12:12: 'é lícito fazer o bem nos dias de sábado'. Ele também realizou muitos milagres no sábado sem ponderar o que os fariseus e outros judeus consideravam transgressão; de modo que, quando viram Seus milagres e, não podendo negar a realidade deles, fingiram [dizendo]: 'este Homem não é de Deus, visto que Ele não guarda o sábado' [João 9:16]. O mesmo ocorre nos dias atuais, os homens estão sempre deparando-se com extremos a respeito da observação do sábado."7

Igreja Metodista
"Agora, existe aqui o menor indício de que o sábado não era mais obrigatório, ou que o nosso Salvador o aboliu?[d] Em vez disso, Ele passa a defender a conduta de Seus discípulos na ocasião, provando que sob as circunstâncias do ocorrido, eles tinham justificativa em colher e comer as espigas de trigo, e que eram, portanto, inocentes quanto à violação da lei sabática, coisa que Ele [Jesus] certamente não teria feito, não tivesse a lei mais vínculo. Por que defender os Seus discípulos dessa maneira, se a lei supostamente violada não era mais obrigatória? Por que não disse de imediato que a lei do sábado foi abolida, e que eles não estavam sob a obrigação de guardá-la?
[...] Nosso Senhor, portanto, longe de ensinar nesta passagem [Mateus 12:8], que o sábado não era mais necessário, ou de transmitir alguma insinuação de que Ele pretendia aboli-lo, indiretamente demonstra sua obrigação essencial resgatando-o da estima demasiadamente rigorosa e supersticiosa franqueada pelos fariseus de Sua época.
[...] É desnecessário citar quaisquer casos adicionais, visto que eles não projetarão grande luz sobre o assunto. Todos eles revelam que o nosso Salvador ensinou que as obras de necessidade e misericórdia podem ser realizadas no sábado sem qualquer violação da lei sabática, ou profanação do dia santo; não obstante, em nenhum caso há, semelhantemente, uma ocorrência sugerindo que o sábado não era mais obrigatório, ou que poderia ser legalmente dedicado para fins de negócios ou de diversão."8

Igreja Presbiteriana
"Em Seu ministério, Jesus cumpriu a lei de Deus. O Evangelho de Mateus particularmente sustenta a indicação de que Jesus curou e ensinou 'a fim de cumprir o que foi dito pelo profeta' (Mt 8:1712:17). Sua interpretação da lei diferiu daquela geralmente entendida em Sua época. Ele inclusive curou no sábado, em violação às leis rigorosas. Em Suas ações, Jesus mostrou que Deus esperava obediência em atos de justiça e misericórdia, e não meramente a realização de atos ritualísticos religiosos pré-determinados. O ministério de Jesus foi uma vida abrangente de serviço e compaixão, realizado em obediência ao propósito de Deus em prol das pessoas.
Presbiterianos, assim como outros cristãos, consideram que na Sua morte, Jesus também ministrou cumprindo a lei de acordo com a providência de Deus. [...] Jesus, perfeitamente obediente em vida e morte, fez o que nenhum outro ser humano foi capaz de fazer. Paulo e demais pregadores cristãos primitivos mostraram o contraste entre a vida de Jesus e a vida de outros, tal como Abraão e Davi (Rom 4). Acima de tudo, eles contrastaram a desobediência de Adão (e Eva) com a obediência de Jesus Cristo. [...] Jesus reinterpretou outros dos Dez Mandamentos e [outras] leis, para que às pessoas pudessem ver que Deus exigia obediência total em mente e espírito, bem como em obras.9


b. Comentário fundamentado no relato de João 5:16-18.
c. Referindo-se ao término da criação (Gênesis 2:1-3), época em que havia o total domínio da inocência (pureza, santidade).
d. Pergunta sobre o relato de Mateus 12:1-8.
1. COOK*, C. F. (1880). The Holy Bible: according to the authorized version (A.D. 1611), vol. II (New Testament), London: John Murray, p. 83-84; (commentary and revision of the translation: by bishops and other clergy of the Anglican Church. *Charles Frederick Cook).
2Bíblia de Estudos Aplicação Pessoal. (2004). Rio de Janeiro: CPAD, p. 1242; (comentários sobre Mateus 12:4-5).
3. DOUGLAS, J. D.; etal. (2006). O Novo Dicionário da Bíblia, 3.ª ed., São Paulo, SP: Vida Nova, p. 1180b; (verbete: sábado; editor da edição em português: Russell Philip Shedd).
4Catecismo da Igreja Católica, parte I, seção II, capítulo II, artigo III, §1 [582].
5. HERBERMANN, C. G. et al. (1913). The Catholic Encyclopedia, vol. XIII, New York: The Encyclopedia Press, Inc., p. 288b; (entry: "Sabbath". Nihil obstat: Remy Lafort; imprimatur: John Cardinal Farley).
6The Works of Jonathan Edwards, vol II, sermon XIII, Grand Rapids, MI: CCEL Staff Writer (2005*), p. 252; (*First publisehed 1834, revised and corrected by Edward Hickman).
7. "Brief Discourses: of the sabbath", june of 1829, art. 5. In: The Lutheran Magazine, vol. III (feb. 1829, to jan. 1830), Schoharie County, N.Y.: Printed by L. Cuthbert, p. 101-102; (Published by The Western Conference of Lutheran Ministers).
8. "Miscellanies". In: The Primitive Methodist Magazine, vol. VIII (january, 1855), London: Published by Thomas King, p. 356-359.
9. WEEKS, L. B. (2010). To Be a Presbyterian, revised edition, Louisville, KY: Geneva Press, p. 22-24; (first published by John Knox Press, 1983).